A partir das transformações promovidas pelas tecnologias da informação e comunicação (TICs), as plataformas digitais de autopublicação vêm propiciando novos modelos de produção, edição e circulação de obras de distintas naturezas. 

Na esteira do ‘do it yourself’, essas plataformas se apresentam como uma alternativa às editoras convencionais, permitindo que um autor-usuário não apenas publique suas obras – em formato digital, impresso em pequenas tiragens e mesmo em print on demand (POD) –, como possa disponibilizar as mesmas para a venda em diferentes marketplaces, aumentando seu alcance frente aos leitores potenciais.

Disponíveis em diferentes lojas virtuais e sites, essas plataformas, a partir de um conjunto de estruturas que viabilizam processos criativos e editoriais, vêm promovendo mudanças na cadeia produtiva, levantando questões acerca da legitimidade das obras, o mérito e a qualidade das publicações, fazendo questionar o papel dos autores, editores e demais agentes do campo editorial.

Frente ao capitalismo de plataforma e às lógicas de plataformização, as plataformas digitais de autopublicação se inscrevem em um modelo de negócio que transforma produtos, neste caso editoriais, em serviços monetizados. São plataformas que, a partir dos dados que coletam, passam a afetar não apenas a proteção dos direitos autorais, mas também a própria produção literária no que diz respeito aos processos criativos e decisões editoriais das obras produzidas e distribuídas a partir dessas bases.

O mercado de self-publishing vem crescendo de forma exponencial, permitindo que autores independentes publiquem e distribuam seus livros no Brasil e em outros países. A partir de recursos que vão além da publicação, alcançam-se estratégias de vendas por plataformas como as listadas a seguir: